ESTUDO DAS FIBRAS
 
 

Com o aumento da população mundial, o homem começou a se preocupar com a escassez dos recursos naturais utilizados na fabricação de têxteis e derivados. Começou então, a tentar produzir ( a partir de celulose vegetal ) em laboratório, as fibras que só eram encontradas na natureza. No final do século passado na busca da criação de uma fibra que imitasse a seda, o homem inventou o rayon. Como foi fabricado em laboratório recebeu a denominação de fibra química ( man made fibre ), e como era celulose o elemento base da criação, esta 1ª fibra fabricada recebeu o nome de FIBRA QUÍMICA ARTIFICIAL ( natural polymer man made fibre ). Depois do rayon, foram inventadas, em diferentes datas, outras fibras químicas artificiais como a viscose ( em torno
de 1891 ), o acetato ( em torno de 1924 ), e o lyocell ( em torno de 1993 ).
OBS : As fibras químicas artificiais podem ser produzidas a partir de celulose vegetal, e também de proteínas animais. A fabricação a partir de proteínas só foi possível recentemente, graças a avanços no setor de pesquisas científicas. Antes já se havia tentado tal fabricação, porém resultou em fracasso. A criação das fibras artificiais só foi possível, graças ao estudo e a observação dos polímeros ( longas moléculas alinhadas no sentido do comprimento ) que compõem as fibras naturais. A celulose por exemplo ( matéria-prima do algodão ), é um polímero composto de milhares de moléculas de açucar.
Depois de criar as fibras químicas artificiais, o homem observou que os polímeros de hidrocarbonetos extraídos do petróleo eram mais fáceis de manipular, e com custo bem mais baixo que os polímeros extraídos das fibras naturais ( celulose ). Com o domínio na manipulação de materiais plásticos, produzidos a partir de petróleo entre 1934 e 1939, o pesquisador norte-americano Wallace Carothers, inventou o poliamida, ou seja, a fibra de nylon. Como foi fabricada em laboratório chamou-se ainda, fibra química ( man made fibre ), e como agora provinha de polímeros de petróleo, e não mais de celulose, passou a chamar-se FIBRA QUÍMICA SINTÉTICA
( sinthetic polymer man made fibre ). A criação da poliamida teve motivos bélicos : substituir a seda
( caríssima ) utilizada na fabricação de pára-quedas, utilizados na II Grande Guerra. Terminada a guerra, o filamento criado em laboratório, caiu nas mãos de civis sob a forma de revolucionárias meias de nylon, que apresentavam a vantagem de não amassar, eram práticas e principalmente baratas. Depois do poliamida, outras fibras químicas sintéticas foram inventadas, oriundas do petróleo ou carvão mineral, merecendo destaque : o acrílico ( em torno de 1950 ), o poliéster ( em torno de 1953 ) e o elastano ( em torno de 1959 ). As fibras químicas com suas duas vertentes ( artificiais e sintéticas ), são chamadas de filamentos contínuos ( continuous filament ) por possuírem comprimento indefinido. A seda também é chamada assim, porque embora seja de origem natural, seu comprimento é longo; aliás podemos dizer que a seda é o único filamento natural existente. Na fabricação das fibras químicas em geral, o material é aquecido ( celulose ou proteína, no caso das fibras artificiais, ou petróleo e carvão, no caso das sintéticas ) adquirindo uma forma pastosa. Esta pasta é transformada em fio ( filamento ), espremendo-a através de uma máquina parecida com a que fazemos macarrão. Quando o fio sai pelos orifícios da máquina ( SPINNERET ), que lembram chuveirinhos e têm a forma de filamentos contínuos. Esses filamentos entram então em contato com determinados elementos que os solidificam. O processo de fabricação das fibras químicas recebe o nome de Polimerização, e a passagem da massa pastosa pela máquina
( SPINNERET ), extrusão.
OBS : 1 ) Não devemos nunca confundir fibras químicas artificiais com fibras químicas sintéticas. Elas possuem comportamentos físico-químicos diferentes.
A forma de se trabalhar com uma - inclusive na confecção de roupas - é completamente diferente da forma de se trabalhar com a outra.
         2) Para a fabricação de fios partindo de filamentos, podemos utilizar os filamentos longos, do jeito como foram fabricados, ou ainda cortá-los do tamanho das fibras naturais, e depois fiá-los. Esta forma de fiar o filamento depois de cortado é muito utilizado quando misturamos fibras naturais com filamentos.
Exemplo: Um tecido misto de algodão com poliéster, é conseguido misturando-se as fibras de algodão com o filamento de poliéster cortado em pedaços. Quando cortamos o poliéster chamamos de "STAPLE" ao pedaço cortado.
 




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